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domingo, 14 de agosto de 2011

A ESCOLA MODERNA E A ESCOLA À ANTIGA


Entre as escolas chamadas de modernas e as escolas mais parecidas com as antigas, encontramos um amplo leque de diferenças. Vou tomar aqui um aspecto muito peculiar: como umas e outras crianças, diferentes entre si pela genética e pela história de vida, mesmo que curtinha, reagem às diferentes culturas com relação à disciplina e competição.
Crianças fortes, ágeis, espertas, com bom tônus muscular, boa visão de distância vivem felizes em qualquer escola, do ponto de vista da disciplina. Sobressaem, defendem-se – dominam o cenário. Enquanto isso, as menores, mais frágeis, menos espertas fisicamente temem a presença das fortes e dependem da presença de serventes, bedéis, monitores, eventualmente professores, para serem protegidas de apanhar e ser humilhadas.
O ranking entre os mais fortes e os mais frágeis não passa primordialmente pela produção intelectual, pelo menos nos primeiros anos de escola. Não adianta ter aprendido a ler primeiro, ter boa caligrafia e ser por isso elogiado pelos professores. Entre crianças, o valor está na habilidade com que se consegue gerenciar o corpo. É preciso saber correr, jogar, lançar, bater, equilibrar-se, enfrentar, não chorar à toa, enfim, sobreviver.

Modernamente, foi introduzida a ideologia da “não intervenção”, como se o tônus muscular fosse resultante não de genética, mas de um dom divino a ser aperfeiçoado pelo uso, que deve ser livre. Tônus muscular, além de carga genética, conta também com a história de vida, o tipo de exercícios feito, os irmãos, primos e vizinhos com quem convivem, competem e são tomados como modelo. Há um tipo de escola que costuma fazer um vôo rasante por cima desses fatos, como se eles não existissem, como se todos fossem iguais entre si e como se sempre tivessem vivido em liberdade ideal e que basta interagir para que o equilíbrio seja alcançado. Trata-se sem dúvida de algo que se aproxima de um falso democratismo, uma má compreensão do papel da competição no desenvolvimento das crianças.

Deixar crianças livres para resolver problemas de obesidade, dislexia, questões psicomotoras, na primeira infância pode funcionar como uma condenação a uma longa vida de cidadão de segunda classe. Mesmo que logo mais os valores intelectuais de apreensão e aplicação de conteúdo comecem a valer, deixando em segundo plano as habilidades motoras, as cicatrizes dos primeiros anos deixarão marcas.

Criança precisa de proteção, na liberdade dos pátios de recreio. Lembro das palavras de uma criança que conseguiu sair de uma escola libertária, onde fugia do recreio para a casa da caseira, para evitar o vexame, ao chegar em casa, no seu primeiro dia em uma escola mais careta. Ao lhe ser perguntado como tinha sido esse primeiro dia de aula na escola pública, onde servente está lá também para evitar violência, ela disse: “Tem um homem que foi separar duas crianças que estavam brigando”. Foi esse seu único comentário. Desde então, nunca mais precisou se refugiar para fugir à sanha dos mais fortes e pode se desenvolver no que lhe era mais fácil – dotes intelectuais.

É preciso perceber que a liberdade vale entre, se não iguais, pelo menos semelhantes. As crianças pequenas diferem muito umas das outras e o sentido de compaixão, alteridade é incipiente. Portanto, digo eu, a liberdade desprotegida pode ser massacrante para uns e palco de exibição de força para outros. Não é o melhor ambiente para um desenvolvimento equilibrado. (Anna Veronica Mautner)

Postado por Patricia Salesbrum Elias em 14 maio 2011 às 14:18

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