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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O Primeiro Automóvel Popular por Henry Ford



Henry Ford foi um importante engenheiro americano. Nasceu em 30 de julho de 1863, na cidade norte-americana de Springwells. Faleceu em 7 de abril de1947, na cidade de Dearborn. Produziu seu primeiro automóvel em 1892. Ainda jovem, trabalhava na fazenda do pai, onde era o responsável pela manutenção dos motores dos tratores. Foi nesta época que desenvolveu o talento e o grande  interesse pela engenharia automobilística.
Ford é considerado o primeiro a implantar um sistema de produção em série. O engenheiro americano notou que era muito mais barato e rápido produzir um modelo de automóvel padronizado. De acordo com o sistema fordiano de produção (também conhecido como fordismo), o automóvel passava por uma esteira de montagem em movimento e os operários colocavam as peças. Logo, cada operário deveria cumprir uma função específica. Desta forma, existiam operários para determinadas funções (pintura, colocar pneus, direção, motor, etc). Neste sistema, um automóvel era montado em apenas 98 minutos.
O modelo de automóvel mais famoso produzido por Henry Ford foi o modelo “T”, também conhecido como “Ford Bigode”. Este veículo foi o mais vendido no final do século XIX.

"Não aponte defeitos, aponte soluções". Henry Ford

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Os 10 Mandamentos do Educador



Os 10 Mandamentos do Educador 



1 - Amar. Amar sobre todas as coisas a criança, os homens, Deus . 
2 - Não se irritar em vão; pelo contrário, ter muita paciência.

3 - Guardar o respeito devido à personalidade infantil.

4 - Honrar a virtude: dar sempre à criança o exemplo da Caridade, da Justiça, da Humildade

5 - Não matar a iniciativa e o entusiasmo infantil.


6 - Guardar uma janela aberta aos ideais elevados e um coração sensível aos afectos puros.

7 - Não se furtar a trabalhos e canseiras
8 - Não levantar dificuldades à manifestação espontânea dos interesses e das tendências infantis; mas, ao contrário, favorecê-las, para melhor as poder dirigir

9 - Não desejar fazer tudo em um só dia. A educação é obra de persistência e continuidade. Em educação, gastar tempo é ganhá-lo.


10 - Não cobiçar elogios e honrarias, nem sequer compreensão; mas trabalhar na certeza reconfortante de que educar é contribuir para a felicidade dos homens e dos povos. 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A ESCOLA, A SALA DE AULA E O PROFESSOR


     O sistema educacional passa por um período de inércia. Verificam-se repetições de um padrão que, num tempo não muito distante do atual, foi eficaz. Professores continuam executando o mesmo planejamento de décadas passadas, reutilizando estratégias de ensino, avaliações e metodologias, sem considerar que os tempos são outros, esquecendo que hoje a quantidade de informações e a velocidade como são transmitidas são muito maiores. O novo tem sido uma reedição do velho nas escolas.
     O que se observa é que essa mera reprodução de velhos ritos escolares tem se voltado contra a própria escola. Os alunos têm se tornado cada vez menos motivados para as atividades propostas.
     Sabe-se que as escolas são verdadeiras usinas de múltiplas inteligências, mas atualmente elas têm sido um local de repetição de padrões ultrapassados, sem que apresentem preocupações para mudar esse panorama - sem inovar!
     É necessário acompanhar as mudanças e sair da zona de conforto. Os professores precisam se conscientizar de que as aulas precisam despertar o interesse dos alunos, procurar despertar neles a vontade de aprender, incentivar a participação individual no processo de ensino-aprendizagem, promover atividades que permitam que os alunos questionem, participem e opinem. O ensino não pode mais ser uma via de mão única. Quando se sentirem seguros e valorizados em suas opiniões, os alunos sairão das aulas com desejo de voltar, com sede de saber e muito mais preparados.
     A escola que se diz transformadora (e que realmente desejar ser) deve transpor a barreira do conservadorismo, abandonar o paradigma de designar como indisciplina ou desrespeito as manifestações de “vida” e de opinião dos alunos.
     Avaliando o papel da escola, conclui-se que ela deve ser o espaço para reflexão, para discussões entre a geração dos mais velhos com as gerações dos mais novos, e não dos que sabem mais com os que sabem menos. Onde não ocorrem discussões, não se pode chamar de sala de aula. Os professores que resistem em abandonar o velho padrão, que exige que a sala de aula seja um ambiente harmônico e disciplinado, muito pouco têm a ensinar.
     O professor da era da informação deve estar preparado para promover discussões sobre os acertos e erros da humanidade, sobre valores, além de ser realmente capaz de ajudar a formar uma geração melhor do que a anterior.
     Já não se pode mais admitir a presença do professor “PowerPoint”, que apenas repete o que está escrito. O professor "PowerPoint" se assemelha ao sistema de ensino apostilado, onde só se registra o mínimo necessário e fragmentando o conteúdo, sem correlacioná-los com outros assuntos e sem contextualizar e transpor para a realidade dos alunos.
     Não se pode mais aceitar também que seja ensinado o básico. Urge formar cidadãos de valor e com qualidade. É preciso que o ensino seja abordado de maneira que prime pelo significado. A quantidade não garante a qualidade. A sala de aula tem que ser o lugar de exigência máxima e não mínima.
     O professor deve estar atento e preocupado com o desenvolvimento pleno de seus alunos, com as suas presenças e ausências, sua saúde, com as exposições a situações de preconceitos, discriminação e violência. Deve ainda buscar atualizar-se constantemente, trocar experiências com demais professores da escola ou de outras instituições de ensino, ter disposição, paciência, calma para conversar, ouvir os alunos e famílias, estabelecendo com elas uma relação de atenção, proximidade e confiança.
     Um bom professor deve ainda promover a compreensão do "porquê" e "para que" aprender sempre.
Carlos W. Dorlass é consultor educacional em empresas e instituições de ensino.


Postado por Patricia Salesbrum Elias em 27 agosto 2011 às 21:03

domingo, 14 de agosto de 2011

A ESCOLA MODERNA E A ESCOLA À ANTIGA


Entre as escolas chamadas de modernas e as escolas mais parecidas com as antigas, encontramos um amplo leque de diferenças. Vou tomar aqui um aspecto muito peculiar: como umas e outras crianças, diferentes entre si pela genética e pela história de vida, mesmo que curtinha, reagem às diferentes culturas com relação à disciplina e competição.
Crianças fortes, ágeis, espertas, com bom tônus muscular, boa visão de distância vivem felizes em qualquer escola, do ponto de vista da disciplina. Sobressaem, defendem-se – dominam o cenário. Enquanto isso, as menores, mais frágeis, menos espertas fisicamente temem a presença das fortes e dependem da presença de serventes, bedéis, monitores, eventualmente professores, para serem protegidas de apanhar e ser humilhadas.
O ranking entre os mais fortes e os mais frágeis não passa primordialmente pela produção intelectual, pelo menos nos primeiros anos de escola. Não adianta ter aprendido a ler primeiro, ter boa caligrafia e ser por isso elogiado pelos professores. Entre crianças, o valor está na habilidade com que se consegue gerenciar o corpo. É preciso saber correr, jogar, lançar, bater, equilibrar-se, enfrentar, não chorar à toa, enfim, sobreviver.

Modernamente, foi introduzida a ideologia da “não intervenção”, como se o tônus muscular fosse resultante não de genética, mas de um dom divino a ser aperfeiçoado pelo uso, que deve ser livre. Tônus muscular, além de carga genética, conta também com a história de vida, o tipo de exercícios feito, os irmãos, primos e vizinhos com quem convivem, competem e são tomados como modelo. Há um tipo de escola que costuma fazer um vôo rasante por cima desses fatos, como se eles não existissem, como se todos fossem iguais entre si e como se sempre tivessem vivido em liberdade ideal e que basta interagir para que o equilíbrio seja alcançado. Trata-se sem dúvida de algo que se aproxima de um falso democratismo, uma má compreensão do papel da competição no desenvolvimento das crianças.

Deixar crianças livres para resolver problemas de obesidade, dislexia, questões psicomotoras, na primeira infância pode funcionar como uma condenação a uma longa vida de cidadão de segunda classe. Mesmo que logo mais os valores intelectuais de apreensão e aplicação de conteúdo comecem a valer, deixando em segundo plano as habilidades motoras, as cicatrizes dos primeiros anos deixarão marcas.

Criança precisa de proteção, na liberdade dos pátios de recreio. Lembro das palavras de uma criança que conseguiu sair de uma escola libertária, onde fugia do recreio para a casa da caseira, para evitar o vexame, ao chegar em casa, no seu primeiro dia em uma escola mais careta. Ao lhe ser perguntado como tinha sido esse primeiro dia de aula na escola pública, onde servente está lá também para evitar violência, ela disse: “Tem um homem que foi separar duas crianças que estavam brigando”. Foi esse seu único comentário. Desde então, nunca mais precisou se refugiar para fugir à sanha dos mais fortes e pode se desenvolver no que lhe era mais fácil – dotes intelectuais.

É preciso perceber que a liberdade vale entre, se não iguais, pelo menos semelhantes. As crianças pequenas diferem muito umas das outras e o sentido de compaixão, alteridade é incipiente. Portanto, digo eu, a liberdade desprotegida pode ser massacrante para uns e palco de exibição de força para outros. Não é o melhor ambiente para um desenvolvimento equilibrado. (Anna Veronica Mautner)

Postado por Patricia Salesbrum Elias em 14 maio 2011 às 14:18

Letra Cursiva na Berlinda

Em tempos de era digital, o uso da letra manuscrita, sobretudo a cursiva, está ficando praticamente restrito à escola. No mundo do trabalho, dominado pelos computadores, muitos nem se lembram direito como escrever à mão, quanto menos fazer todas as “voltinhas” no caderno de caligrafia. Com exceção de poucos bilhetes ou assinaturas em documentos oficiais, até a própria escrita manual já é rara. Ninguém quer mais escrever no papel com medo de a letra parecer feia ou de não poder mudar de ideia e “deletar”. Enquanto isso, na sala de aula, as crianças passam anos aprendendo a desenvolver diferentes traçados até chegar, finalmente, à letra cursiva, quase sempre a mais complicada para os alunos.
Se o trabalho dos professores costuma ser grande e a aplicação prática é pequena, ainda vale a escola reservar tempo para o ensino da letra cursiva? Conhecer apenas a letra de forma não seria suficiente para ser alfabetizado hoje?
O tema é controverso e a resposta não é tão simples.
Para aqueles que defendem a necessidade da escrita cursiva, tecnicamente chamada de amalgamada, a principal justificativa para o ensino é a fluência, a rapidez que essa forma proporciona na hora de escrever, já que não é preciso tirar o lápis ou a caneta do papel a cada letra. Mas qual é a necessidade de ser tão rápido? Para poder tomar notas durante qualquer situação em que a tecnologia não esteja disponível.

Porém, se o uso de computadores, smartphones e tablets se tornar uma realidade nas escolas, ainda assim a letra cursiva teria seu espaço garantido? O especialista em alfabetização João Batista Araujo e Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, acredita que ainda é cedo para colocar essa questão na ordem do dia das escolas. “Pelo menos por enquanto, mesmo nos países altamente influenciados pela tecnologia, a escrita ainda é muito utilizada nas situações práticas da vida. Seria temerário que as próximas gerações não cheguem à vida adulta com esses instrumentos. Se algum dia a escrita manuscrita for abolida, aí sim a escola não precisa se preocupar mais com isso”, afirma.

A escrita cursiva ainda é uma exigência em algumas provas, alguns vestibulares e concursos públicos. Mas muitos já passaram a aceitar também a letra de forma ou de imprensa, como também é chamada, desde que seja feita a diferenciação entre maiúsculas e minúsculas. E aí é que está o problema. Muitas pessoas saem do ensino fundamental sem saber fazer as duas formas. O professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Geraldo Peçanha de Almeida explica que na educação infantil muitas vezes os educadores passam três anos ensinando apenas a letra bastão maiúscula (ou caixa alta) para facilitar o processo de aprendizado. Depois a criança começa a aprender a letra cursiva e acaba não treinando suficientemente as letras de forma minúsculas. “E não se pode escrever tudo em letra maiúscula, é um erro ortográfico”, lembra. O docente ressalta que se a escola focasse no ensino dos dois tipos não haveria empecilho em escolher esta forma de escrita ao invés da cursiva se a criança se adaptasse melhor. “Se a escola ensinasse a maiúscula e a minúscula não haveria nenhum problema de a criança escrever o resto da vida em letra bastão”, resume.

Dificuldade de aprendizado

O processo de ensino da letra cursiva geralmente começa entre os 6 e 7 anos de idade e exige habilidades relacionadas à coordenação motora fina. Até pegar prática e fazer um traçado legível a criança demora cerca de três anos. Isso significa que, em média, por volta dos 9 anos o estudante terá desenvolvido a forma de escrita que utilizará ou não ao longo da vida – dependendo de como a tecnologia evoluir e a sociedade se adaptar às mudanças.

Não são raros os alunos que têm dificuldade para aprender a letra cursiva. E existem vários motivos associados ao problema. O professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara, Luiz Carlos Cagliari, acredita que a deficiência no aprendizado está relacionada à metodologia de ensino. “Em geral, vejo que crianças problemáticas com a escrita não apresentam o mesmo tipo de problema quando desenham. Então, há algo de errado com o modo como são ensinadas. Adotando várias etapas para se chegar à escrita cursiva fica mais fácil.”

Cagliari sugere o uso de gabaritos para facilitar a escrita, além de um pouco mais de paciência do educador, que pode deixar o aluno usar a escrita maiúscula ou bastão enquanto ele não se sentir à vontade com a forma concatenada. Entretanto, alerta que o maior problema é quando o aluno não sabe ler escrita cursiva, que muitas vezes é opaca aos olhos da criança, pois as letras não são tão separadas e diferenciadas quanto na forma bastão.

Geraldo Almeida defende que a letra cursiva seja ensinada mais cedo, ainda na educação infantil, para facilitar o processo. “A partir do momento que a criança reconhece na letra bastão que determinada marca é ‘A’, se ela reconhece esta marca para o som ‘A’, já pode ser introduzida a letra cursiva.” O professor da UFPR lembra que além da coordenação motora fina da ponta dos dedos, que costuma ser bem exercitada nas escolas e acaba sendo também naturalmente mais desenvolvida por causa da familiaridade das novas gerações com o teclado, é preciso trabalhar todo o segmento do braço para possibilitar a movimentação adequada durante a escrita.

De qualquer forma, Almeida acredita que a escola não deve ficar focada apenas na dificuldade da criança porque algumas podem nunca aprender a escrita cursiva, porém isso não significa que não sejam alfabetizadas. Ele diz que insistir nesta forma de escrita prejudica ainda mais o desenvolvimento do aluno. “Não seria o caso de a escola continuar batalhando para a criança fazer a letra cursiva porque esse bloqueio motor vai levá-la a um bloqueio mental também”, afirma. Nesta situação, o professor sugere que a instituição continue o processo de alfabetização desse aluno com letra bastão maiúscula e minúscula.

Cagliari insiste que o problema está mais no lado de quem ensina do que de quem aprende. Ele destaca que muitas escolas sequer passam aos educandos o conhecimento de como segurar o lápis de modo correto. “Alguns alunos começam a escrever como se fossem canhotos, colocando a mão acima da linha de escrita, porém usando a mão direita. Alguns escrevem segurando o lápis como se fosse um bastão e ao escrever não conseguem ver o que estão fazendo. Um pouco de disciplina artística no uso do material de escrita ajuda a evitar problemas.”



Espécie em extinção?

Qual teria sido a reação na época se alguém dissesse que o pergaminho e a caneta-tinteiro iriam desaparecer? Nem sempre as mudanças são vistas com entusiasmo em um primeiro momento. Será que a letra cursiva – quiçá a escrita manuscrita de forma geral – também está próxima de se tornar obsoleta? Os especialistas se dividem entre os mais puristas, que temem a perda deste conhecimento, e os mais vanguardistas, que acreditam que é preciso evoluir com a tecnologia. Porém, todos concordam que no momento atual a escrita ainda é uma necessidade social. “Do homem das cavernas ao homem moderno, precisamos da escrita por uma questão de cidadania”, afirma o professor da UFPR. Entretanto, ele mesmo acredita que esta realidade está com os dias contados e diz que se no mundo do trabalho a escrita manuscrita sobreviver por mais 10 anos, no ensino fundamental não passará de 50 anos, o que significa que os professores precisam desde já começar a debater a questão. “A letra manual não tem mais espaço na sociedade. Porque não temos mais o cronológico (tempo) disponível para ela”, dispara.

Já o pesquisador da Unesp não concorda que a escrita manuscrita, inclusive a cursiva, irá desaparecer das instituições de ensino nem da vida das pessoas na sociedade. Por outro lado, Cagliari admite que a escrita via computador poderá ser mais utilizada do que a caneta ou qualquer outra coisa. “Isso é próprio da evolução da civilização e quem não se adaptar irá ficar para trás, com muitos problemas. Portanto, a escola deveria usar cada vez mais computadores para todas as atividades de escrita, desde a pré-escola”. Mesmo assim, ele defende a importância de possuir as duas habilidades de escrita: manuscrita cursiva e escrita digitalizada, pois acredita que a falta de uma delas “significa uma restrição para a vida de um indivíduo no mundo de hoje”. Além disso, Cagliari diz que é uma vantagem cultural dominar todas as formas.

Para o presidente do Instituto Alfa e Beto, a escola precisa ser prudente e esperar a escrita desaparecer primeiro antes de agir. Sobre o uso da forma cursiva ainda nos dias de hoje, declara: “A letra cursiva é mais eficiente: você raramente tira o lápis do papel. Esta é a única razão para dominá-la. Mas é uma razão muito forte. É preciso ter muita prudência para não descartar a sabedoria e a experiência acumulada pela humanidade.”

Com relação às habilidades motoras que escrever com letras concatenadas proporciona, todos são unâmimes em dizer que não existe uma perda de coordenação no desenvolvimento do aluno que não pratica a escrita cursiva. Esta capacidade é aprimorada em diversas outras atividades escolares. Para responder a pergunta sobre se ainda vale a pena reservar tempo em sala de aula para ensinar a letra cursiva, é preciso “ter bola de cristal”. Existem muitos indícios de que o uso da escrita manuscrita está desaparecendo, sobretudo quando se olha para o mundo do trabalho e para o aumento progressivo dos computadores nas escolas. Porém, ninguém sabe qual é o momento certo de abandonar um conhecimento em prol de outros. O mais importante por enquanto é ponderar sobre a questão para ter a capacidade de se adaptar às mudanças que afetam a sociedade e, consequentemente, não podem ser ignoradas pela escola.  (Yannik D´elboux)

Postado por Patricia Salesbrum Elias em 23 julho 2011 às 15:16

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Historia de Campo Grande-MS

Historia de Campo Grande-MS
Os primeiros dados sobre a região datam de 1870, quando, devido a guerra da Tríplice Aliança, chegaram a notícia aos moradores do Triângulo Mineiro (Monte Alegre) da existia terras férteis para lavoura e criação de gado no então chamado Campo de Vacarias.

Esta notícia contentou José Antonio Pereira, que estava a procura de gleba da qual pudesse apossar com sua gente. Assim, no dia 21 de junho de 1872, acampou nas terras onduladas da Serra de Maracajú, na confluência dos córregos     Prosa e Segredo – hoje Horto Florestal.

Nas proximidades, José Neponuceno já possuía um rancho à beira do trilheiro, por onde boiadeiros passavam para ir até o Município de Nioaque (a Sul) e Camapuã (ao Norte).
Em 14 de agosto de 1875, José Antonio Pereira trás sua esposa e seus oito filhos, escravos e outros.

No local do primeiro rancho encontraram Manoel Vieira de Souza e sua família, onde dão origem a primeira geração de Campo-grandense.

Só em 1875 voltou José Antônio, trazendo sua família composta de sua mulher Maria Carolina de Oliveira, seus filhos Antônio Luiz, Joaquim Antônio, Francisca, Persiliana, Constança, Anna, Rita, Maria Nazareth e três tutelados, e mais as de Manoel Gonçalves Martins, João Pereira Martins, Antônio Ferreira e Joaquim Olivério de Souza, além de muitos agregados

No final do ano de 1877, cumpre sua promessa e termina a primeira igrejinha rústica de pau-a-pique com telhas de barro.

As casas naquele precário alinhamento formaram a primeira rua, a Rua Velha – hoje 26 de agosto – que terminava num pequeno lago, de onde se ensaiava uma bifurcação, formando mais duas vias. José Antonio Pereira havia construído sua casa na ramificação de baixo, em sua fazenda Bom Jardim. O fundador veio a falecer cinco meses depois da emancipação.

Em 1879 surge novas caravana de mineiros que vão distribuindo-se através de marcações de posses, estabelecendo assim as primeiras fazendas da região de Santo Antonio de Campo Grande. 
Na parte central da rua, na casa de comércio e farmácia, propriedade de Joaquim Vieira de Almeida reunia-se as pessoas graúdas da comunidade. Este era o homem de maior instrução da vila, redator de atas e cartas de caráter público ou privado. Ali eram resolvidos os problemas comunitários. Dali saía às reivindicações ao governo. Possivelmente de autoria de Joaquim Vieira de Almeida foi a correspondência   pedindo a emancipação da vila.Depois de antigas e insistentes reivindicações, também, devido a posição estratégica, e por ser passagem obrigatória para quem fosse do extremo Sul do Estado a Camapuã ou ao Triângulo Mineiro, o governo estadual assina a resolução de emancipação da vila, elevando-a a município de Campo Grande em 26 de agosto de 1899. Quando aconteceu a emancipação, Joaquim Vieira de Almeida já havia falecido por causa de uma tuberculose, sem saber que seu pedido fora atendido.   
O povoado de Campo Grande cresce e prospera com o comércio de gado, proporcionado pelo estabelecimento das fazendas de criação em suas imediações e nos campo limpos de Vacarias. Torna-se um centro de comercialização de gado, de onde partiam comitivas conduzindo boiadas para o Triângulo Mineiro e o Paraguai. Com a construção da estrada boiadeira, por Manoel da Costa Lima, que ia de Campo Grande até as barrancas do Paraná, as boiadas passaram a dirigir-se também para São Paulo, abrindo novo mercado para o gado da região e novas oportunidades de intercâmbio comercial.

Outro fator de progresso para Campo Grande e para o Estado de Mato Grosso, foi a chegada da Estrada de Ferro da Noroeste do Brasil, em 1914, ligando as duas bacias fluviais: Paraná e Paraguai, aos países vizinhos: a Bolívia (através do Porto Esperança) e o Paraguai (através de Ponta Porã). Foi um marco decisivo para o crescimento da cidade, que despontava como uma das mais progressistas do Estado. Funcionando como empório comercial e centro de serviços de uma vasta região, Campo Grande desenvolvia-se e firmava sua liderança no sul do Estado.

A transferência, em 1921, do Comando da Circunscrição Militar, até então sediado em Corumbá, e a construção que essa transferência ensejou, dos quartéis e outros estabelecimento militares, na cidade, foi outra iniciativa que contribuiu para o desenvolvimento de Campo Grande e para a afirmação de sua liderança.Em 1930 a cidade já contava com cerca de 12 mil habitantes, 3 Agências Bancárias, Correios e Telégrafos, várias repartições públicas e estabelecimento de ensino primário e secundário, abastecimento de água canalizada, luz elétrica, telefone e clubes recreativos.  Meados de 1932, a cidade ficou sabendo da deflagração da Revolução Constitucionalista. A notícia espalhou pela população que se viu frente ao seu primeiro desafio: que lado tomar na refrega? Coube aos políticos e coronéis da época a decisão de romper de vez com o poder, e unir-se a São Paulo contra tudo e contra todos. Declarou aqui um Estado independente, tendo como capital Campo Grande. Escolheu-se como governador o renomado médico Vespasiano Martins, instalando-se o palácio do governo no prédio da Maçonaria, de onde partiam as decisões e o planejamento do combate às forças legalistas.
A capital do Estado, Cuiabá, recebia maior influência de Goiás, Rio de Janeiro, Paraná e parte de Minas Gerais, continua legalista. Campo Grande, deste modo, torna-se a Capital do Estado de Maracajú, concretizando um anseio já manifestado desde o início do século: O Sul independente do Norte (de 11 de julho até outubro de 1932).

Com a vitória das forças legalistas, frusta-se a campanha divisionista. Esta é reiniciada em 1958. Quando o general Ernesto Geisel foi empossado na Presidência da República e nomeou o general Golbery do Couto e Silva para a chefia de sua Casa Civil, poucas pessoas lembravam-se de que, há cerca de 20 anos, esses dois militares, então coronéis, haviam estado em Mato Grosso31, a criação de um novo Estado, Estado de Mato Grosso do Sul, e elege Campo Grande como sua Capital.

No início dos anos 60, Campo Grande abriga a sua primeira instituição de ensino Superior, as Faculdades   Unidas Católicas de Mato Grosso, conhecidas por sua sigla FUCMAT, transformada na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Nessa mesma década é criada a Universidade Estadual de Mato Grosso (UEMT), com um de seus campi instalado em Campo Grande, onde se concentram cursos nas áreas de saúde e ciências exatas e tecnológicas. Depois da divisão do Estado, ela se federaliza, tornando-se a Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (FUFMS), hoje (UFMS). Nos anos 70, criou-se o Centro de Ensino Superior “Professor Plínio Mendes dos Santos” (Cesup), antecessor da Universidade Para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp). Depois, já na década de 90, surgem a Sociedade Ensino e informática Campo Grande (Seic) e as Faculdades Integradas de Campo Grande (FIC – Unaes).

Campo Grande ocupa posição privilegiada geograficamente, ou seja, está localizada 
no centro do Estado, eqüidistante de seus extremos norte, sul, leste e oeste; está 
também localizada sobre o divisor de águas das bacias dos rios Paraná e Paraguai,
 o que facilitou a construção das primeiras estradas que até aqui chegaram ou que 
daqui partiram. Esta posição em muito contribuiu para que se tornasse a grande 
encruzilhada ou pólo de desenvolvimento da vasta região.

Graça a seu solo avermelhado e seu clima tropical, a cidade é carinhosamente chamada de “Cidade Morena”, possui uma boa estrutura, com ampla rede hoteleira, bons restaurantes com variados pratos típicos. É por Campo Grande que começa toda aventura turística dos que se propõem a conhecer o Pantanal.




Uso atual: desativadasem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1935
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Itapura a Corumbá foi aberta a partir de 1912, entrte Jupiá e Agua Clara e entre Pedro Celestino e Porto Esperança, deixando um trecho de mais de 200 km entre as duas linhas esperando para ser terminado, o que ocorreu somente em outubro de 1914. A partir daí, a linha estava completa até o rio Paraguai, ao sul de Corumbá, em Porto Esperança; somente em 1952 a cidade de Corumbá seria alcançada pelos trilhos. Logo dedpois da entrega da linha, em 1917, a ferrovia foi fundida com a Noroeste do Brasil, que fazia o trecho inicial no Estado de São Paulo, entre Bauru e Itapura. E em 1975, incorporada como uma divisão da RFFSA, foi finalmente privatizada sendo entregue em concessão para a Novoeste, em 1996.
A ESTAÇÃO: A estação de Campo Grande foi inaugurada em 1914. Segundo consta na revista Brasil-Oeste, de março de 1958, a primeira locomotiva a chegar no pátio de Campo Grande foi a de número 44 da E. F. Itapura-Corumbá, no dia 20/5/1914 (poratnto, antes da data oficial de inauguração da estação), parando ao longo de uma plataforma improvisada como uma pilha de dormentes, ao lado de um vagão estacionário, que servia de estação. O primeiro trem de cargas percorreu os trilhos no perímetro urbano de Campo Grande no dia 30 de maio, quando a então vila contava com apenas 1.900 habitantes, alguns meses antes da inauguração oficial da estação. O prédio atual da estação não é o original; ele foi construído em 1935 pelo engenheiro Aurélio Ibiapina, paulista de Pirassununga e também autor dos estudos para a eletrificação do trecho Bauru-Araçatuba nos anos 1950, e que jamais foi realizado. A partir dos anos 1940, passaram também a sair desta estação os

ACIMA: Locomotiva a vapor da Noroeste trafega próximo a Campo Grande, por volta de 1957 (Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, volume II, 1957). ABAIXO: A curva que a linha fazia para entrar na cidade e chegar à velha estação, em mapa de 2004, ano em que a variante foi feita ao sul (Cessão: Helder Ribas, 2004).trens do ramal de Ponta Porã, que se bifurcava da linha-tronco na estação de Indubrasil. Em 30/03/1996, saiu da estação o último trem de passageiros para Ponta Porã. Em 2004, seus trilhos foram arrancados do centro da cidade e os trens passaram a correr por uma variante que a contorna pelo sul da cidade, sem alcançar mais
 
ACIMA: (esquerda) Ponto de baldeação na antiga estação. Embora a linha para Ponta Por~e se separasse em Indubrasil, os trens partiam daqui. (direita) Ponte ferroviária desativada desde 2004, localizada cerca de 300 m antes da antiga estação de Campo Grande para quem vem de Bauru. (Fotos Eduardo Lanna Malta, dezembro de 2008). ABAIXO: A rotunda do pátio de Campo Grande, abandonadíssima em janeiro de 2010 (PARA VER MAIS SOBRE A ROTUNDA, CLIQUE AQUI) (Foto Endrigo Capobianco).
a estação. "O traçado da linha em Campo Grande sempre me intrigou. Uma das explicações é que a linha faz aquela volta para subir uma rampa, pois a estação é na parte mais baixa. Até aí tudo bem, mas para quem conhece a região percebe que na realidade a linha fazia com que o trem forçosamente entrasse na cidade. Este contorno do ramal que retira os trilhos do centro,

ACIMA: Casa do mestre de linha em Campo Grande, hoje sede de subprefeitura (Foto Endrigo Capobianco). ABAIXO: Plataforma da estação lotada com passageiros aguardando o trem, já na época da RFFSA - provavelmente anos 1980 (Autor desconhecido).
nada mais é que o trajeto mais lógico da ferrovia entre as estações que antecede e sucede a de Campo Grande. Uma vez ouvi falar que o trajeto foi conseguido por força de lideranças políticas locais da época, obrigando a mudança do trajeto para realmente o trem entrar na cidade
" (Helder Ribas11/2004)No pátio ferroviário de Campo Grande há, ou houve, um total de 160 imóveis, sendo 46 em madeira, estes na sua maioria ex-casas de funcionários. Deste últimos, diversos foram demolidos nos anos 2000. Veja mais dados sobre o pátio no texto de Ângelo Marcos Vieira de Arruda.
(Fontes: Endrigo Capobianco; Helder Ribas, 2004; Cesar Sacco, 2000; José H. Bellorio; Carlos Coelho Netto, 2005; Eduardo L. Malta, 2008; Ângelo Marcos Vieira de Arruda; Revista Brasil-Oeste, março de 1958; Correio do Estado - MS - 01/06/2004; dados oficiais da Noroeste do Brasil; Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, 1957; Mapa - IBGE)

Fachada da estação em 1976. Foto José H. Bellorio

Pário da estação lotado, em 1978. Foto José H. Bellorio

A estação em 2000. Foto Cesar Sacco

A estação em 2000. Foto Cesar Sacco

A estação em 2000, já com o logotipo da Novoeste. Foto Cesar Sacco

Plataforma da estação em 2001. Foto José H. Bellorio

A desolação da plataforma da estação, em 06/2005, já sem os trilhos. Foto Carlos Coelho Netto

As velhas plataformas da estação. Notar que ainda há trilhos por ali, mas que não mais se conectam à linha principal. Foto Eduardo Lanna Malta em 12/2008

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