.

.

Páginas

Seja bem Vindo!

glitters

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Historia de Campo Grande-MS

Historia de Campo Grande-MS
Os primeiros dados sobre a região datam de 1870, quando, devido a guerra da Tríplice Aliança, chegaram a notícia aos moradores do Triângulo Mineiro (Monte Alegre) da existia terras férteis para lavoura e criação de gado no então chamado Campo de Vacarias.

Esta notícia contentou José Antonio Pereira, que estava a procura de gleba da qual pudesse apossar com sua gente. Assim, no dia 21 de junho de 1872, acampou nas terras onduladas da Serra de Maracajú, na confluência dos córregos     Prosa e Segredo – hoje Horto Florestal.

Nas proximidades, José Neponuceno já possuía um rancho à beira do trilheiro, por onde boiadeiros passavam para ir até o Município de Nioaque (a Sul) e Camapuã (ao Norte).
Em 14 de agosto de 1875, José Antonio Pereira trás sua esposa e seus oito filhos, escravos e outros.

No local do primeiro rancho encontraram Manoel Vieira de Souza e sua família, onde dão origem a primeira geração de Campo-grandense.

Só em 1875 voltou José Antônio, trazendo sua família composta de sua mulher Maria Carolina de Oliveira, seus filhos Antônio Luiz, Joaquim Antônio, Francisca, Persiliana, Constança, Anna, Rita, Maria Nazareth e três tutelados, e mais as de Manoel Gonçalves Martins, João Pereira Martins, Antônio Ferreira e Joaquim Olivério de Souza, além de muitos agregados

No final do ano de 1877, cumpre sua promessa e termina a primeira igrejinha rústica de pau-a-pique com telhas de barro.

As casas naquele precário alinhamento formaram a primeira rua, a Rua Velha – hoje 26 de agosto – que terminava num pequeno lago, de onde se ensaiava uma bifurcação, formando mais duas vias. José Antonio Pereira havia construído sua casa na ramificação de baixo, em sua fazenda Bom Jardim. O fundador veio a falecer cinco meses depois da emancipação.

Em 1879 surge novas caravana de mineiros que vão distribuindo-se através de marcações de posses, estabelecendo assim as primeiras fazendas da região de Santo Antonio de Campo Grande. 
Na parte central da rua, na casa de comércio e farmácia, propriedade de Joaquim Vieira de Almeida reunia-se as pessoas graúdas da comunidade. Este era o homem de maior instrução da vila, redator de atas e cartas de caráter público ou privado. Ali eram resolvidos os problemas comunitários. Dali saía às reivindicações ao governo. Possivelmente de autoria de Joaquim Vieira de Almeida foi a correspondência   pedindo a emancipação da vila.Depois de antigas e insistentes reivindicações, também, devido a posição estratégica, e por ser passagem obrigatória para quem fosse do extremo Sul do Estado a Camapuã ou ao Triângulo Mineiro, o governo estadual assina a resolução de emancipação da vila, elevando-a a município de Campo Grande em 26 de agosto de 1899. Quando aconteceu a emancipação, Joaquim Vieira de Almeida já havia falecido por causa de uma tuberculose, sem saber que seu pedido fora atendido.   
O povoado de Campo Grande cresce e prospera com o comércio de gado, proporcionado pelo estabelecimento das fazendas de criação em suas imediações e nos campo limpos de Vacarias. Torna-se um centro de comercialização de gado, de onde partiam comitivas conduzindo boiadas para o Triângulo Mineiro e o Paraguai. Com a construção da estrada boiadeira, por Manoel da Costa Lima, que ia de Campo Grande até as barrancas do Paraná, as boiadas passaram a dirigir-se também para São Paulo, abrindo novo mercado para o gado da região e novas oportunidades de intercâmbio comercial.

Outro fator de progresso para Campo Grande e para o Estado de Mato Grosso, foi a chegada da Estrada de Ferro da Noroeste do Brasil, em 1914, ligando as duas bacias fluviais: Paraná e Paraguai, aos países vizinhos: a Bolívia (através do Porto Esperança) e o Paraguai (através de Ponta Porã). Foi um marco decisivo para o crescimento da cidade, que despontava como uma das mais progressistas do Estado. Funcionando como empório comercial e centro de serviços de uma vasta região, Campo Grande desenvolvia-se e firmava sua liderança no sul do Estado.

A transferência, em 1921, do Comando da Circunscrição Militar, até então sediado em Corumbá, e a construção que essa transferência ensejou, dos quartéis e outros estabelecimento militares, na cidade, foi outra iniciativa que contribuiu para o desenvolvimento de Campo Grande e para a afirmação de sua liderança.Em 1930 a cidade já contava com cerca de 12 mil habitantes, 3 Agências Bancárias, Correios e Telégrafos, várias repartições públicas e estabelecimento de ensino primário e secundário, abastecimento de água canalizada, luz elétrica, telefone e clubes recreativos.  Meados de 1932, a cidade ficou sabendo da deflagração da Revolução Constitucionalista. A notícia espalhou pela população que se viu frente ao seu primeiro desafio: que lado tomar na refrega? Coube aos políticos e coronéis da época a decisão de romper de vez com o poder, e unir-se a São Paulo contra tudo e contra todos. Declarou aqui um Estado independente, tendo como capital Campo Grande. Escolheu-se como governador o renomado médico Vespasiano Martins, instalando-se o palácio do governo no prédio da Maçonaria, de onde partiam as decisões e o planejamento do combate às forças legalistas.
A capital do Estado, Cuiabá, recebia maior influência de Goiás, Rio de Janeiro, Paraná e parte de Minas Gerais, continua legalista. Campo Grande, deste modo, torna-se a Capital do Estado de Maracajú, concretizando um anseio já manifestado desde o início do século: O Sul independente do Norte (de 11 de julho até outubro de 1932).

Com a vitória das forças legalistas, frusta-se a campanha divisionista. Esta é reiniciada em 1958. Quando o general Ernesto Geisel foi empossado na Presidência da República e nomeou o general Golbery do Couto e Silva para a chefia de sua Casa Civil, poucas pessoas lembravam-se de que, há cerca de 20 anos, esses dois militares, então coronéis, haviam estado em Mato Grosso31, a criação de um novo Estado, Estado de Mato Grosso do Sul, e elege Campo Grande como sua Capital.

No início dos anos 60, Campo Grande abriga a sua primeira instituição de ensino Superior, as Faculdades   Unidas Católicas de Mato Grosso, conhecidas por sua sigla FUCMAT, transformada na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Nessa mesma década é criada a Universidade Estadual de Mato Grosso (UEMT), com um de seus campi instalado em Campo Grande, onde se concentram cursos nas áreas de saúde e ciências exatas e tecnológicas. Depois da divisão do Estado, ela se federaliza, tornando-se a Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (FUFMS), hoje (UFMS). Nos anos 70, criou-se o Centro de Ensino Superior “Professor Plínio Mendes dos Santos” (Cesup), antecessor da Universidade Para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp). Depois, já na década de 90, surgem a Sociedade Ensino e informática Campo Grande (Seic) e as Faculdades Integradas de Campo Grande (FIC – Unaes).

Campo Grande ocupa posição privilegiada geograficamente, ou seja, está localizada 
no centro do Estado, eqüidistante de seus extremos norte, sul, leste e oeste; está 
também localizada sobre o divisor de águas das bacias dos rios Paraná e Paraguai,
 o que facilitou a construção das primeiras estradas que até aqui chegaram ou que 
daqui partiram. Esta posição em muito contribuiu para que se tornasse a grande 
encruzilhada ou pólo de desenvolvimento da vasta região.

Graça a seu solo avermelhado e seu clima tropical, a cidade é carinhosamente chamada de “Cidade Morena”, possui uma boa estrutura, com ampla rede hoteleira, bons restaurantes com variados pratos típicos. É por Campo Grande que começa toda aventura turística dos que se propõem a conhecer o Pantanal.




Uso atual: desativadasem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1935
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Itapura a Corumbá foi aberta a partir de 1912, entrte Jupiá e Agua Clara e entre Pedro Celestino e Porto Esperança, deixando um trecho de mais de 200 km entre as duas linhas esperando para ser terminado, o que ocorreu somente em outubro de 1914. A partir daí, a linha estava completa até o rio Paraguai, ao sul de Corumbá, em Porto Esperança; somente em 1952 a cidade de Corumbá seria alcançada pelos trilhos. Logo dedpois da entrega da linha, em 1917, a ferrovia foi fundida com a Noroeste do Brasil, que fazia o trecho inicial no Estado de São Paulo, entre Bauru e Itapura. E em 1975, incorporada como uma divisão da RFFSA, foi finalmente privatizada sendo entregue em concessão para a Novoeste, em 1996.
A ESTAÇÃO: A estação de Campo Grande foi inaugurada em 1914. Segundo consta na revista Brasil-Oeste, de março de 1958, a primeira locomotiva a chegar no pátio de Campo Grande foi a de número 44 da E. F. Itapura-Corumbá, no dia 20/5/1914 (poratnto, antes da data oficial de inauguração da estação), parando ao longo de uma plataforma improvisada como uma pilha de dormentes, ao lado de um vagão estacionário, que servia de estação. O primeiro trem de cargas percorreu os trilhos no perímetro urbano de Campo Grande no dia 30 de maio, quando a então vila contava com apenas 1.900 habitantes, alguns meses antes da inauguração oficial da estação. O prédio atual da estação não é o original; ele foi construído em 1935 pelo engenheiro Aurélio Ibiapina, paulista de Pirassununga e também autor dos estudos para a eletrificação do trecho Bauru-Araçatuba nos anos 1950, e que jamais foi realizado. A partir dos anos 1940, passaram também a sair desta estação os

ACIMA: Locomotiva a vapor da Noroeste trafega próximo a Campo Grande, por volta de 1957 (Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, volume II, 1957). ABAIXO: A curva que a linha fazia para entrar na cidade e chegar à velha estação, em mapa de 2004, ano em que a variante foi feita ao sul (Cessão: Helder Ribas, 2004).trens do ramal de Ponta Porã, que se bifurcava da linha-tronco na estação de Indubrasil. Em 30/03/1996, saiu da estação o último trem de passageiros para Ponta Porã. Em 2004, seus trilhos foram arrancados do centro da cidade e os trens passaram a correr por uma variante que a contorna pelo sul da cidade, sem alcançar mais
 
ACIMA: (esquerda) Ponto de baldeação na antiga estação. Embora a linha para Ponta Por~e se separasse em Indubrasil, os trens partiam daqui. (direita) Ponte ferroviária desativada desde 2004, localizada cerca de 300 m antes da antiga estação de Campo Grande para quem vem de Bauru. (Fotos Eduardo Lanna Malta, dezembro de 2008). ABAIXO: A rotunda do pátio de Campo Grande, abandonadíssima em janeiro de 2010 (PARA VER MAIS SOBRE A ROTUNDA, CLIQUE AQUI) (Foto Endrigo Capobianco).
a estação. "O traçado da linha em Campo Grande sempre me intrigou. Uma das explicações é que a linha faz aquela volta para subir uma rampa, pois a estação é na parte mais baixa. Até aí tudo bem, mas para quem conhece a região percebe que na realidade a linha fazia com que o trem forçosamente entrasse na cidade. Este contorno do ramal que retira os trilhos do centro,

ACIMA: Casa do mestre de linha em Campo Grande, hoje sede de subprefeitura (Foto Endrigo Capobianco). ABAIXO: Plataforma da estação lotada com passageiros aguardando o trem, já na época da RFFSA - provavelmente anos 1980 (Autor desconhecido).
nada mais é que o trajeto mais lógico da ferrovia entre as estações que antecede e sucede a de Campo Grande. Uma vez ouvi falar que o trajeto foi conseguido por força de lideranças políticas locais da época, obrigando a mudança do trajeto para realmente o trem entrar na cidade
" (Helder Ribas11/2004)No pátio ferroviário de Campo Grande há, ou houve, um total de 160 imóveis, sendo 46 em madeira, estes na sua maioria ex-casas de funcionários. Deste últimos, diversos foram demolidos nos anos 2000. Veja mais dados sobre o pátio no texto de Ângelo Marcos Vieira de Arruda.
(Fontes: Endrigo Capobianco; Helder Ribas, 2004; Cesar Sacco, 2000; José H. Bellorio; Carlos Coelho Netto, 2005; Eduardo L. Malta, 2008; Ângelo Marcos Vieira de Arruda; Revista Brasil-Oeste, março de 1958; Correio do Estado - MS - 01/06/2004; dados oficiais da Noroeste do Brasil; Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, 1957; Mapa - IBGE)

Fachada da estação em 1976. Foto José H. Bellorio

Pário da estação lotado, em 1978. Foto José H. Bellorio

A estação em 2000. Foto Cesar Sacco

A estação em 2000. Foto Cesar Sacco

A estação em 2000, já com o logotipo da Novoeste. Foto Cesar Sacco

Plataforma da estação em 2001. Foto José H. Bellorio

A desolação da plataforma da estação, em 06/2005, já sem os trilhos. Foto Carlos Coelho Netto

As velhas plataformas da estação. Notar que ainda há trilhos por ali, mas que não mais se conectam à linha principal. Foto Eduardo Lanna Malta em 12/2008

0 comentários:

Postar um comentário

Este blog foi criado para compartilhar experiências e pesquisas na área da educação e da Religião! Fique à vontade para criticar, sugerir e participar relatando sua prática, quero que se torne seguidor(a) e não deixe de comentar nos post ou deixar um recadinho ali ao lado .

Obrigada por sua visita, Volte Sempre!
Um abraço!
Paola Massa

DEIXE SEU COMENTÁRIO!

Este é um Blog voltado para área da Educação e plantando a sementinha de Jesus!
Foi criado para compartilhar experiências e pesquisas na área da educação e da Religião! Fique à vontade para criticar, sugerir e participar relatando sua prática, quero que se torne seguidor(a) e não deixe de comentar nos post ou deixar um recadinho ali ao lado .

Obrigada por sua visita, Volte Sempre!
Um abraço!
Paola Massa

Promessas Biblícas