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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Cordel: Sou a Leitura e a Escrita

Sou a Leitura e Escrita

Vou contar para vocês 
Uma dura realidade 
Da leitura e escrita 
Presente na sociedade
Que por muitos tem valores
E por outros valem nada
Estamos chegando nesta cidade
Procurando lugar para ficar
Pois viemos de tão longe
Lá tinha algo a nos atrapalhar 
A preguiça é infeliz 
Não ficamos onde ela está

De onde viemos é muito triste
Pra vocês podemos falar 
Fomos expulsos daquela escola
Onde muitos não querem estudar
A preguiça tomou conta 
Dos alunos daquele lugar

Veja só o que aconteceu 
Num dia deprimido e nublado 
Estava um vento tão forte
Deixando livros revirados
Os alunos saíram vibrando
Do fenômeno inusitado.

Outro dia foi muito pior 
Estavam todos sem esperar 
Quando entra um cidadão
Aqui não quero mais estudar
Estou de mal com os livros 
Eu quero mesmo é malandrear

Coitado desse cidadão
Que não quer o mundo enxergar
Vai ser manipulado por outros
E muitas vezes se chatear
Por não gostar de ler e escrever
Não se sabe que decisão vai tomar.

Nesse meio ameaçador
De tanta nebulosidade
De vidas tão obscuras
Sem enxergar a verdade
Fomos deprimindo aos poucos
De tanta ingenuidade

Mas não desistimos de tudo
Fomos bastante persistentes
Queria ver algo mudar
No meio daquela gente
Tornando-os leitores brilhantes
E quem sabe até atraentes.

Saímos daquele local 
E percorremos a cidade 
Com a literatura em minha casa
Enfrentando dificuldades
Pensando ser bem recebidos
Por todos da comunidade.

Chegando a uma casa 
Sai da cozinha um senhor
Com o rosto abatido
Não sei se era de dor
Quando falamos do nosso trabalho
Ele nos chamou de doutor

Estava muito acomodado 
E sentou-se num sofá
Com a preguiça que estava
Não teve paciência de escutar
E bastante desinteressado
Que nem soube interpretar.

Sabemos que era preguiça
Pela sua acomodação
E alguém já ter nos falado
Daquela situação
Vivida pelo senhor
Sem nenhuma explicação.

Veio com um palavreado
E não soube bem explicar
Porque não gostava de ler
E muito menos bem falar
Depois puxou uma arma
Querendo até nos matar

Alguém contou-nos uma história
Que com ele aconteceu
Foi tomar um remédio
Veja só o que sucedeu
Era só sete mil
E um copo todo ele bebeu

Tudo isso aconteceu
Porque ele era mesmo um preguiçoso
Por não tá bem informado
Ficou muito nervoso
Tomou o medicamento sem ler a bula
E ficou defeituoso

Mas naquela redondeza
Não houve alfabetização
Muitos aprenderam a ler
Com muita força e empurrão
E por isso são acomodados 
Com essa tal situação.

O senhor daquele remédio 
Foi aquele mesmo cidadão
Que um dia chegou à escola 
Dizendo não estudar mais não
E hoje recebe a conseqüência
De seus atos e omissão.

Mas não para por aí
Essa nossa preocupação
Damos continuidade
Com essa dura missão
De incentivar ler e escrever 
Toda aquela população.

Aquela comunidade 
Era mesmo intransigente
Nunca facilitava
O trabalho da gente
Complicava em tudo um pouco
Se achando transparente.

Um dia ficamos cansados.
Paramos em um lugar
E começamos a refletir 
Que destino iria tomar
Ficando por nós decidido
De mais um dia enfrentar.

Numa segunda- feira então
Recomeçamos nossa jornada
E mais um caso complicado 
Encontramos no meio da estrada
Duas jovens conversando
Estavam muito drogadas

Nossos corações bateram mais forte
Ao encontrar aquelas meninas
Quisemos saber de sua origem
Disseram que era de Minas
Uma disse: Meu nome é jaci
E a outra se chama Josefina.

Vou dizer para vocês 
O que estamos fazendo agora
Fugimos da nossa casa
Uma terra de outrora
Onde só pensam no estudo
Engajados na história

Nossos pais são acolhedores 
E uma boa educação quis nos dar
Mas como experimentamos a droga
Não quisemos com eles partilhar
E viemos param aqui 
Onde ninguém gosta de estudar.

Sei que estão preocupados
Porque não sabe do nosso destino
Mas vamos dar um tempinho aqui
Até ver nosso arruíno
E quem sabe no futuro
Voltar ao nosso ensino.

Falamos para elas
A importância da leitura
E tudo que queriam 
Estavam nas suas alturas
O mundo está avançado
Ajudava na sua cultura

Elas nos responderam
A vida que tinham era amada
E que fizéssemos o favor
De deixá-las naquela estrada
E se nós o insistíssemos
Seríamos atropeladas.

Como é triste ver tudo isso
E nada poder fazer
Estão presas em uma caverna
Não quer ler e nem escrever
Não enxergam o caminho
Que o futuro pode trazer

Depois dessa cena
Ficamos desmotivadas
Percebemos o quanto era difícil
Seguir na caminhada
De fazê-los todos enxergar 
O rumo daquela estrada.

Chegando ao fim de semana
Com toda essa labuta
Percorremos toda a cidade
Algumas pessoas tinham conduta
Mas não foi o suficiente
Para prosseguir nossa luta

Veio então uma ideia
De dar um ponto final ali
Mas como o mundo depende de nós
Pensamos vir para aqui
E sermos bem acolhidas
Para doar-lhes e servir.

Hoje estamos aqui 
Apresentando a nossa história
De uma vida sofrida
Dessa grande trajetória
Vivida dia a dia
Por este mundão afora.

O mundo agora se abre 
Dando asas à imaginação
Aprimorando nosso conhecimento
Dessa nova evolução
Desempenhando nosso papel
De uma boa educação

A leitura inova o ser
E amplia os horizontes 
Trespassa lentamente
Igual as águas da fonte
Infiltrando em nossa mente
Metas mais importantes.

Termino esse cordel 
Com amor e alegria
De encontrar o caminho
Da história e geografia
Português e matemática
Que são raios do nosso dia.

Como tantas outras disciplinas
Que também são nossas companheiras
E enfeitam o nosso jardim
Como se fosse uma roseira
Alegrando nosso caminho
Tirando-nos da cegueira.

Faço um apelo a vocês
Que não sejam desinteressados
Que deem valores aos livros
E se tornem bem letrados
Conquistando os seus sonhos 
Nas condições de bons mestrados.


de Ivanete Ribeiro
São Félix do Coribe - BA


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