Pesquisa norte-americana mostrou que as crianças que aos 4 anos viviam em um ambiente com mais livros e brinquedos tinham o córtex cerebral mais fino, o que está relacionado com maior inteligência na vida adulta
Ao ler uma história para o seu filho, duas novas possibilidades se abrem. A primeira é a do conhecimento. E ela acontece quando vocês descobrem, juntos, como as formigas vivem, por exemplo. A segunda é a da imaginação, que se desenrola a cada cena do texto contado por você. Cada um pode imaginar e criar do jeito que quiser o palácio do rei ou o guarda-roupa de uma princesa.
Oferecendo essas duas possibilidades por meio dos livros e dos brinquedos – afinal, brincar também é criar uma história - você garante que seu filho seja mais inteligente no futuro. Essa foi a conclusão de um estudo feito pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, feito com 64 crianças, que foram acompanhadas desde o nascimento até completarem 20 anos.
Durante esse tempo, os especialistas avaliaram os estímulos que elas recebiam em casa. E, então, quando completaram 20 anos, foi realizada uma ressonância magnética cerebral. Pelo exame, os cientistas comprovaram que aquelas crianças que, aos 4 anos, viviam em um ambiente com mais livros e brinquedos - e pais que interagiam com elas - tinham o córtex cerebral mais fino, o que está relacionado com mais inteligência, ou seja, QI mais alto na vida adulta. Essa parte do cérebro desempenha um papel fundamental em funções complexas, como a memória, atenção, consciência, linguagem, percepção e pensamento.
A espessura do córtex cerebral sofre alterações ao longo da vida. As crianças mais novas têm o córtex mais grosso, mas, à medida que vão crescendo, as células que não são tão importantes são podadas, o que permite que o cérebro fique mais ágil.
Para o neuropediatra Mauro Muszkat, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, o cérebro pode sofrer mudanças de acordo com as experiências que vivemos durante a vida. “Por isso, quanto mais – e melhor - estímulos a criança recebe, mais conexões e sinapses cerebrais desenvolve”, diz Muszkat. E quanto mais estimulado, mais fino fica o córtex, e melhor o desempenho do cérebro do seu filho.
Em entrevista à Crescer, o bioengenheiro Brian Avants, um dos autores da pesquisa, conta que o estudo mostrou que os estímulos no ambiente doméstico durante a primeira infância, em especial aos 4 anos, enriquece o desenvolvimento do cérebro na idade adulta. “A psicologia já havia levantado essa questão, mas agora nossa pesquisa reafirma a longevidade do efeito, que altera até mesmo a estrutura do cérebro. Dessa forma, ter livros e brinquedos ao redor das crianças, além de pais que interagem e estimulam, são pontos importantes para o desenvolvimento”, completa Avants.
“É durante os primeiros cinco anos de vida que a criança tem mais facilidade para aprender e se familiarizar com novos hábitos. Por isso, quando os pais apresentam uma nova história, eles estão criando uma nova janela de oportunidade para que a criança goste de ler, de ouvir histórias, de aprender e imaginar”, diz a neuropediatra Saada Ellovitch, do Hospital Samaritano (SP).
Para aproveitar essa capacidade, é ainda melhor oferecer diferentes tipos de livros, porque cada um estimula um novo olhar. “Os de imagens ajudam a criança a construir uma nova história, aqueles com texturas e sons desenvolvem o tato e a audição. Há também os livros de mistério, suspense, contos de fadas, engraçados, de receitas, artesanato. Tudo conta e oferece um tipo diferente de estímulo”, diz Maria José Nóbrega, assessora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Abaixo, você confere 10 dicas de como estimular a leitura aí na sua casa:
Oferecendo essas duas possibilidades por meio dos livros e dos brinquedos – afinal, brincar também é criar uma história - você garante que seu filho seja mais inteligente no futuro. Essa foi a conclusão de um estudo feito pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, feito com 64 crianças, que foram acompanhadas desde o nascimento até completarem 20 anos.
Durante esse tempo, os especialistas avaliaram os estímulos que elas recebiam em casa. E, então, quando completaram 20 anos, foi realizada uma ressonância magnética cerebral. Pelo exame, os cientistas comprovaram que aquelas crianças que, aos 4 anos, viviam em um ambiente com mais livros e brinquedos - e pais que interagiam com elas - tinham o córtex cerebral mais fino, o que está relacionado com mais inteligência, ou seja, QI mais alto na vida adulta. Essa parte do cérebro desempenha um papel fundamental em funções complexas, como a memória, atenção, consciência, linguagem, percepção e pensamento.
A espessura do córtex cerebral sofre alterações ao longo da vida. As crianças mais novas têm o córtex mais grosso, mas, à medida que vão crescendo, as células que não são tão importantes são podadas, o que permite que o cérebro fique mais ágil.
Para o neuropediatra Mauro Muszkat, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, o cérebro pode sofrer mudanças de acordo com as experiências que vivemos durante a vida. “Por isso, quanto mais – e melhor - estímulos a criança recebe, mais conexões e sinapses cerebrais desenvolve”, diz Muszkat. E quanto mais estimulado, mais fino fica o córtex, e melhor o desempenho do cérebro do seu filho.
Em entrevista à Crescer, o bioengenheiro Brian Avants, um dos autores da pesquisa, conta que o estudo mostrou que os estímulos no ambiente doméstico durante a primeira infância, em especial aos 4 anos, enriquece o desenvolvimento do cérebro na idade adulta. “A psicologia já havia levantado essa questão, mas agora nossa pesquisa reafirma a longevidade do efeito, que altera até mesmo a estrutura do cérebro. Dessa forma, ter livros e brinquedos ao redor das crianças, além de pais que interagem e estimulam, são pontos importantes para o desenvolvimento”, completa Avants.
“É durante os primeiros cinco anos de vida que a criança tem mais facilidade para aprender e se familiarizar com novos hábitos. Por isso, quando os pais apresentam uma nova história, eles estão criando uma nova janela de oportunidade para que a criança goste de ler, de ouvir histórias, de aprender e imaginar”, diz a neuropediatra Saada Ellovitch, do Hospital Samaritano (SP).
Para aproveitar essa capacidade, é ainda melhor oferecer diferentes tipos de livros, porque cada um estimula um novo olhar. “Os de imagens ajudam a criança a construir uma nova história, aqueles com texturas e sons desenvolvem o tato e a audição. Há também os livros de mistério, suspense, contos de fadas, engraçados, de receitas, artesanato. Tudo conta e oferece um tipo diferente de estímulo”, diz Maria José Nóbrega, assessora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Abaixo, você confere 10 dicas de como estimular a leitura aí na sua casa:
- Leia para o seu filho desde bebê - e junto com ele depois!
- Escolha os livros preferidos dele (e os que você mais gosta) ou procure ideias por temas. Pode ser uma seleção com contos de fadas, de dar medo, com animais...
- Permita que a criança manuseie livros. Se forem pequenos, eles vão amar os livros-brinquedos
- Monte uma estante de livros no quarto do seu filho. É importante que eles estejam sempre ao alcance das crianças - isso vai aproximá-los
- Converse sobre os livros, mas não explique a história. É preciso que a criança tire suas conclusões, crie, imagine....
- Invente suas próprias histórias. E permita que seu filho faça o mesmo. Uma dica: você pode começar uma e a criança continua
- A história que vocês inventaram também pode se transformar em um roteiro para teatro. Basta montar um palco improvisado, roupas diferentes e está pronto!
- Leve seu filho para passear em livrarias e permita que escolha os próprios livros
- Em um fim de semana qualquer, chame seu filho para arrumar o acervo de livros em casa. E aproveite a arrumação para descobrir aqueles que não eram lidos há tempos
- Dê o exemplo, leia e mostre a eles o quanto isso é bacana!
Fonte: Fernanda Gimenes, diretora pedagógica da escola Cidade Jardim Playpen
- Escolha os livros preferidos dele (e os que você mais gosta) ou procure ideias por temas. Pode ser uma seleção com contos de fadas, de dar medo, com animais...
- Permita que a criança manuseie livros. Se forem pequenos, eles vão amar os livros-brinquedos
- Monte uma estante de livros no quarto do seu filho. É importante que eles estejam sempre ao alcance das crianças - isso vai aproximá-los
- Converse sobre os livros, mas não explique a história. É preciso que a criança tire suas conclusões, crie, imagine....
- Invente suas próprias histórias. E permita que seu filho faça o mesmo. Uma dica: você pode começar uma e a criança continua
- A história que vocês inventaram também pode se transformar em um roteiro para teatro. Basta montar um palco improvisado, roupas diferentes e está pronto!
- Leve seu filho para passear em livrarias e permita que escolha os próprios livros
- Em um fim de semana qualquer, chame seu filho para arrumar o acervo de livros em casa. E aproveite a arrumação para descobrir aqueles que não eram lidos há tempos
- Dê o exemplo, leia e mostre a eles o quanto isso é bacana!
Fonte: Fernanda Gimenes, diretora pedagógica da escola Cidade Jardim Playpen
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