- Tema: Manoel de Barros
Título: Lembranças da Infância
por memórias inventadas de ... (nome do aluno)
- Duração: anual
- Justificativa: O universo
de Manoel de Barros é a invenção ou reinvenção?
Desenvolver com as crianças o
senso crítico sobre as obras de Manoel, identificando se as histórias contadas
no livro Memórias Inventadas – a infância é real ou somente criação da
imaginação de nosso querido autor. Fazer também com que os alunos criem um
portfólio com as memórias inventadas deles em sua infância, saber o
conhecimento prévio das crianças sobre Manoel e suas Obras.
- Objetivos Gerais:
·
Apresentar a Biografia de Manoel de Barros e a
escolha do nome da escola.
·
Desenvolver o prazer pela leitura e pela escrita
centrando a formar o senso critica e reflexivo das crianças.
·
Estimular a criatividade, trabalhar a ortografia
e a lingüística.
·
Escrever um Pequeno livro.
- Mapa Conceitual:
Manoel de Barros
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Conhecimentos prévios
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Biografia
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História do nome da Escola
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Obra escolhida
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Memórias Inventadas
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Interpretação
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Ilustração
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Releitura
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Estudo do vocabulário
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Pequeno Livro
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- Recortes Temáticos:
Conteúdos
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Objetivos
específicos
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Material
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Procedimento
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Biografia
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Apresentar Manoel de
Barros aos alunos e suas principais obras infantis, Identificar a importância
do poeta e do seu reconhecimento.
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Vídeo Documentário "Só dez por cento é
mentira" sobre a vida e a obra
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Postar como tarefa no
AVA
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Memórias Inventadas
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Desenvolver as
produções textuais através da escrita das cças com as memórias da infância
delas.
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Leitura e cópia dos
poemas do Livro Memórias Inventadas e atividades de Produção de texto.
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Atividades de Língua
Portuguesa desenvolvidas dentro e fora da escola.
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Cronograma
DIA
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ATIVIDADES
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07/02/2013
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Conversaremos sobre Manoel de Barros, eles irão falar o
que já sabem sobre o poeta e quais poemas conhecem, após esse momento apresentarei
o livro “Memórias Inventadas – A Infância”
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Passar um vídeo com documentário sobre o poeta 8m30seg.
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Vou ler o poema: A Escova. Então, vamos conversar sobre o
poema e eles irão escrever numa folha o que eles escovam o dia inteiro e
ilustrar seu desenho.
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26/03/2013
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Registrar em folha o que sabem sobre Manoel de Barros.
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12/03/2013
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Apresentar o poema “Obrar” e aplicar a interpretação do texto, buscar como antes
as palavras eram usadas e as crianças deverão escrever um texto sobre o que
elas já obraram na sua infância de 2 anos.
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26/03/2013
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Apresentar o poema “Pente”, e instruí-los a escrever um
texto imaginando esse pente inserido na natureza e de que forma eles imagina
isso.
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09/04/2013
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Apresentar o poema “Parrrede” – abordar sobre castigos em
casa e levá-los a escrever sobre os castigos domésticos aplicados hoje em
nossa década.
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23/04/2013
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Apresentar o poema “Ver” e instruí-los a escrever um texto
sobre os animais que eles mais gostam e o que gostam de Ver eles fazendo.
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21/05/2013
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Apresentar o poema “O lavador de pedra”, é um poema que
descreve a infância dele com o avô, então as crianças irão descrever memórias
que tem com os avos.
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18/06/2013
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Apresentar o poema “fraseador” – esse poema relata da
escolha da profissão de Manoel, as cças deverão descrever qual a profissão
desejam em sua vida e porque.
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30/07/2013
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Apresentar o poema “Cabeludinho” – relatar em um texto
imaginário o que aprenderam de novo nas palavras em suas férias.
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13/08/2013
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Apresentar o poema “O apanhador de desperdícios” – O que
desperdiçamos?
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27/08/2013
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Apresentar o poema “Brincadeiras” – Escrever o que mais
gostam de brincar.
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Assistir o filme “Só dez por cento é mentira”
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10/09/2013
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Apresentar o poema “A rã” - escrever um texto com o tema “Sendo que
importância de uma coisa ou de um ser não é tirada pelo tamanho ou volume do
ser”
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24/09/2013
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Apresentar o poema “Caso de Amor” – escrever um texto
sobre as coisas que mais mama no mundo e do caso de amor que tem com seus
pais.
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Aula Passeio.
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01/10/2013
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Apresentar o poema “Latas” – e instruí-los a escrever um
texto sobre sustentabilidade.
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22/10/2013
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Apresentar o poema “Achadouros” – Escrever sobre os
maiores feitos na infância.
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05/11/2013
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Apresentar o poema “Sobre Sucatas” – escrever um texto
sobre as coisas que eles acreditam que não serão sucatas.
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19/11/2013
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Encerramento com músicas do CD Crrianceiras e cada um terá
que ler um de seus poemas.
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Se for possível ir até a faculdade UNIDERP
Anhanguera ver e conhecer o acervo que foi doado á eles ou até a Fundação
Manoel de Barros.
BIBLIOGRAFIA:
Documentário: https://www.youtube.com/watch?v=nFghWqeOr2c
Vida e Obras: http://www.releituras.com/manoeldebarros_bio.asp
“Penso que a leitura e a frequentação
das artes desabrocham a imaginação para um mundo mais puro. Acho que uma
inocência infantil nas palavras é salutar diante do mundo tão tecnocrata e
impuro”, declara o poeta Manoel de Barros a respeito de suas obras.
Atividades:
Naquele outono, de tarde, ao pé da roseira de minha avó, eu obrei.Minha avó não ralhou nem.
Obrar não era construir casa ou fazer obra de arte.
Esse verbo tinha um dom diferente, Obrar seria o mesmo que cacarar.
Sei que o verbo cacarar se aplica mais a passarinhos
Os passarinhos cacaram nas folhas nos postes nas pedras do rio nas casas.
Eu só obrei no pé da roseira da minha avó, Mas ela não ralhou nem.
Ela disse que as roseiras estavam carecendo de esterco orgânico.
E que as obras trazem força e beleza às flores.
Por isso, para ajudar, andei a fazer obra nos canteiros da horta.
Eu só queria dar força às beterrabas e aos tomates.
A vó então quis aproveitar o feito para ensinar que o cago não é uma coisa desprezível.
Eu tinha vontade de rir porque a vó contrariava os ensinos do pai.
Minha avó, ela era transgressora.
No propósito ela me disse que até as mariposas gostavam de roçar nas obras verdes.
Entendi que obras verdes seriam aquelas feitas no dia.
Daí que também a vó me ensinou a não desprezar as coisas desprezíveis, E nem os seres desprezados.
Livro: Memórias inventadas: as infâncias de Manoel de Barros. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2008
Atividades:
O que eu sei sobre Manoel de Barros
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O que são Memórias Inventadas
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“Penso que a
leitura e a frequentação das artes desabrocham a imaginação para um mundo mais
puro. Acho que uma inocência infantil nas palavras é salutar diante do mundo
tão tecnocrata e impuro”
Declara o
poeta Manoel de Barros a respeito de suas obras.
Poema “A Escova”
Título:
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Manoel de Barros – Memórias
Inventadas*
Eu tinha vontade de fazer como os dois homens que vi sentados na
terra escovando osso. No começo achei que aqueles homens não batiam bem. Porque
ficavam ali sentados na terra o dia inteiro escovando osso. Depois aprendi que
aqueles homens eram arqueólogos. E que eles faziam o serviço de escovar osso
por amor. E que eles queriam encontrar nos ossos vestígios de antigas
civilizações que estariam enterrados por séculos naquele chão. Logo pensei de
escovar palavras. Porque eu havia lido em algum lugar que as palavras eram
conchas de clamores antigos. Eu queria ir atrás dos clamores antigos que
estariam guardados dentro das palavras. Eu já sabia também que as palavras
possuem no corpo muitas oralidades remontadas e muitas significâncias
remontadas. Eu queria então escovar as palavras para escutar o primeiro esgar
de cada uma. Para escutar os primeiros sons, mesmo que ainda bígrafos. Comecei
a fazer isso sentado em minha escrivaninha. Passava horas inteiras, dias
inteiros fechado no quarto, trancado, a escovar palavras. Logo a turma
perguntou: o que eu fazia o dia inteiro trancado naquele quarto? Eu respondi a
eles, meio entressonhado, que eu estava escovando palavras. Eles acharam que eu
não batia bem. Então eu joguei a escova fora.
Poema Obrar de Manoel de
Barros
Naquele outono, de tarde, ao pé da roseira de minha avó, eu obrei.Minha avó não ralhou nem.
Obrar não era construir casa ou fazer obra de arte.
Esse verbo tinha um dom diferente, Obrar seria o mesmo que cacarar.
Sei que o verbo cacarar se aplica mais a passarinhos
Os passarinhos cacaram nas folhas nos postes nas pedras do rio nas casas.
Eu só obrei no pé da roseira da minha avó, Mas ela não ralhou nem.
Ela disse que as roseiras estavam carecendo de esterco orgânico.
E que as obras trazem força e beleza às flores.
Por isso, para ajudar, andei a fazer obra nos canteiros da horta.
Eu só queria dar força às beterrabas e aos tomates.
A vó então quis aproveitar o feito para ensinar que o cago não é uma coisa desprezível.
Eu tinha vontade de rir porque a vó contrariava os ensinos do pai.
Minha avó, ela era transgressora.
No propósito ela me disse que até as mariposas gostavam de roçar nas obras verdes.
Entendi que obras verdes seriam aquelas feitas no dia.
Daí que também a vó me ensinou a não desprezar as coisas desprezíveis, E nem os seres desprezados.
Livro: Memórias inventadas: as infâncias de Manoel de Barros. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2008
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·
Manoel
de Barros revelou nesse poema uma situação que nos faz rir, Você também com
certeza já passou e se lembra de alguma situação que poderá contar aos seus
netos e irão rir muito juntos. Escreva um paragrafo sobre uma situação da sua
infância de 2 anos até agora que seja muito engraçada:
·
Procure
no dicionário palavras do poema que você não conhecia:
|
·
Quais
foram as pessoas que participaram dessa situação engraçada na sua infância, e explique
porque a situação se tornou tão engraçada entre seus familiares:
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.
·
Que
lição seus avos já lhe ensinaram? Escreva pelo menos duas:
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Poema Pente: na obra do escritor, uma certa poesia do
“des”. Mas, o que seria isto? A poesia do “des” em Manoel de Barros é a poesia
da negação, da desconstrução incessante e radical, é a poesia do sempre
inatingível e, portanto, obscuro.
Desinventar objetos: O pente, por exemplo. Dar ao pente
funções de não pentear. Até que ele fique à disposição de ser uma begônia. Ou
uma gravanha, ele está propondo uma poética que vai levar a linguagem às
últimas consequências, pois vai desabrigar a palavra de seu sentido usual.
Desobjeto
O menino que era esquerdo viu no meio do quintal um pente. O pente estava próximo de não ser mais um pente. Estaria mais perto de ser uma folha dentada. Dentada um tanto que já se havia incluído no chão que nem uma pedra, um caramujo, um sapo. Era alguma coisa nova o pente. O chão teria comido logo um pouco de seus dentes. Camadas de areia e formigas roeram seu organismo. Se é que um pente tem organismo. O fato é que o pente estava sem costela (...) Perdera sua personalidade. Estava encostado às raízes de uma árvore e não servia mais nem pra pentear macaco. O menino que era esquerdo e tinha cacoete pra poeta, justamente ele enxergara o pente naquele estado terminal. E o menino deu pra imaginar que o pente, naquele estado, já estaria incorporado à natureza como um rio, um osso, um lagarto. Eu acho que as árvores colaboravam na solidão daquele pente.
O menino que era esquerdo viu no meio do quintal um pente. O pente estava próximo de não ser mais um pente. Estaria mais perto de ser uma folha dentada. Dentada um tanto que já se havia incluído no chão que nem uma pedra, um caramujo, um sapo. Era alguma coisa nova o pente. O chão teria comido logo um pouco de seus dentes. Camadas de areia e formigas roeram seu organismo. Se é que um pente tem organismo. O fato é que o pente estava sem costela (...) Perdera sua personalidade. Estava encostado às raízes de uma árvore e não servia mais nem pra pentear macaco. O menino que era esquerdo e tinha cacoete pra poeta, justamente ele enxergara o pente naquele estado terminal. E o menino deu pra imaginar que o pente, naquele estado, já estaria incorporado à natureza como um rio, um osso, um lagarto. Eu acho que as árvores colaboravam na solidão daquele pente.
O poema de Manoel de Barros nos
remete ao tempo da dissolução do objeto e dos múltiplos destinos de um
desobjeto. Um pente, agora convertido em matéria da solidão das árvores, em
novos devires de rio, osso e lagarto. O artefato se translada à natureza e
torna-se objeto-ponte, ícone da passagem entre mundos.
·
Com base nas memórias
inventadas de Manoel de Barros, escreva um texto sobre algum objeto que você quando
criança mais jovem, ou ainda nessa idade, usou com outros sentidos ou algo que
no seu intimo era imaginário e ninguém mais conhecia. Conte em pequenas linhas,
com três parágrafos usando introdução, desenvolvimento e conclusão. Não esqueça
de caprichar na letra e criar um título para seu texto.
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Parrrede
Quando eu estudava no colégio, interno, eu fazia
pecado solitário.
Um padre me pegou fazendo.
- Corrumbá, no parrrede!
Meu castigo era ficar em pé defronte a uma parede e decorar 50 linhas de um livro.
O padre me deu pra decorar o Sermão da Sexagésima de Vieira.
- Decorrrar 50 linhas, o padre repetiu.
O que eu lera por antes naquele colégio eram romances de aventura, mal traduzidos e que me davam tédio.
Ao ler e decorar 50 linhas da Sexagésima fiquei embevecido. E li o Sermão inteiro.
Meu Deus, agora eu precisava fazer mais pecado solitário!
E fiz de montão.
- Corrrumbá, no parrrede!
Era a glória, eu ia fascinado pra parede.
Desta vez o padre me deu o Sermão do Mandato, decorei e li o livro alcandorado.
Aprendi a gostar do equilíbrio sonoro das frases, gostar quase até do cheiro das letras.
Fiquei fraco de tanto cometer pecado solitário, Ficar no parrrede era uma glória.
Tomei um vidro de fortificante e fiquei bom.
A esse tempo também eu aprendi a escutar o silêncio das paredes.
Um padre me pegou fazendo.
- Corrumbá, no parrrede!
Meu castigo era ficar em pé defronte a uma parede e decorar 50 linhas de um livro.
O padre me deu pra decorar o Sermão da Sexagésima de Vieira.
- Decorrrar 50 linhas, o padre repetiu.
O que eu lera por antes naquele colégio eram romances de aventura, mal traduzidos e que me davam tédio.
Ao ler e decorar 50 linhas da Sexagésima fiquei embevecido. E li o Sermão inteiro.
Meu Deus, agora eu precisava fazer mais pecado solitário!
E fiz de montão.
- Corrrumbá, no parrrede!
Era a glória, eu ia fascinado pra parede.
Desta vez o padre me deu o Sermão do Mandato, decorei e li o livro alcandorado.
Aprendi a gostar do equilíbrio sonoro das frases, gostar quase até do cheiro das letras.
Fiquei fraco de tanto cometer pecado solitário, Ficar no parrrede era uma glória.
Tomei um vidro de fortificante e fiquei bom.
A esse tempo também eu aprendi a escutar o silêncio das paredes.
Para
compreender a Poesia:
1. Qual era o castigo que o
padre dava á Manoel de Barros?
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2. Qual o nome do primeiro
livro que Manoel leu por causa do castigo?
______________________________________________________________________________________________
.
3. Quais os tipos de livros que Manoel lia no colégio,
antes do castigo da parrrede?
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.
4. Assinale a alternativa que representa o verdadeiro
motivo do título do texto:
a. ( ) O nome
Parrrede era porque ele ainda não sabia escrever direito.
b. ( ) O nome
Parrrede era porque o padre tinha sotaque estrangeiro.
5. Por que o padre chamava Manoel de Barros de Corrrumbá?
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.
6. O castigo dado pelo padre ensinou em que Manoel de
Barros gostar mais de escrever?
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.
*Com marcador de texto grife
no texto a parte que comprova sua resposta.
Agora vamos debater as
situações de hoje:
·
Quando você faz
alguma coisa que não é permitido na escola o que acontece?
( ) A professora te coloca de castigo na
parede.
( ) A professora tira o direito de participar
de alguma atividade.
·
E em casa quando
você faz algo que não deveria o que acontece?
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_______________________________________________________________________________________________
·
Você achou
correto o padre pôr Manoel de Barros de castigo na parede e ter que decorar 50
linhas de livros? Por quê?
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·
Descreva uma
situação que você foi castigado em casa e depois acabou rindo da situação:
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Ver
Eu tenho um ermo enorme dentro do olho. Por motivo do ermo
não fui um menino peralta. Agora tenho saudade do que não fui. Acho que o que
faço agora é o que não pude fazer na infância. Faço outro tipo de peraltagem.
Quando eu era criança eu deveria pular muro do vizinho para catar goiaba. Mas
não havia vizinho. Em vez de peraltagem eu fazia solidão. Brincava de fingir
que pedra era lagarto. Que lata era navio. Que sabugo era um serzinho mal
resolvido e igual a um filhote de gafanhoto.
Cresci brincando no chão, entre formigas. De uma infância livre e sem comparamentos. Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação.
Porque se a gente fala a partir de ser criança, a gente faz comunhão: de um orvalho e sua aranha, de uma tarde e suas garças, de um pássaro e sua árvore. Então eu trago das minhas raízes crianceiras a visão comungante e oblíqua das coisas. Eu sei dizer sem pudor que o escuro me ilumina. É um paradoxo que ajuda a poesia e que eu falo sem pudor. Eu tenho que essa visão oblíqua vem de eu ter sido criança em algum lugar perdido onde havia transfusão da natureza e comunhão com ela. Era o menino e os bichinhos. Era o menino e o sol. O menino e o rio. Era o menino e as árvores.
Cresci brincando no chão, entre formigas. De uma infância livre e sem comparamentos. Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação.
Porque se a gente fala a partir de ser criança, a gente faz comunhão: de um orvalho e sua aranha, de uma tarde e suas garças, de um pássaro e sua árvore. Então eu trago das minhas raízes crianceiras a visão comungante e oblíqua das coisas. Eu sei dizer sem pudor que o escuro me ilumina. É um paradoxo que ajuda a poesia e que eu falo sem pudor. Eu tenho que essa visão oblíqua vem de eu ter sido criança em algum lugar perdido onde havia transfusão da natureza e comunhão com ela. Era o menino e os bichinhos. Era o menino e o sol. O menino e o rio. Era o menino e as árvores.
Escreva um texto discursivo sobre seu animal preferido e as
brincadeiras de crianças.
·
Não perca de vista – o discurso deve ter: apresentação
de quem o profere, a quem ele dirige, uso da primeira pessoa, encadeamento
lógico para reforçar a seriedade das ideias apresentadas, agradecimento final.
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